Dessalinizadora produz água para complementar abastecimento humano em Fernando de Noronha

A planta de dessalinização de Fernando de Noronha, em Pernambuco, tem contribuído, desde o primeiro semestre de 2022, com a complementação do abastecimento de água na ilha.

O sistema opera com tecnologia de osmose reversa e filtração que utiliza membrana fina e semipermeável, com poros tão estreitos que impossibilitam que moléculas e outras impurezas passem por ela junto à água. O fluido resultante de tal processo é semelhante ao que será produzido pela Dessal do Ceará, livre de condutividade, dureza e impurezas, próprio para uso humano.

Hoje, a água dessalinizada na ilha corresponde a 65% do abastecimento, que é complementado com a captação da água do açude do Xaréu, tratada na Estação de Tratamento de Água da Compesa (ETA Noronha), e também por poços com águas que derivam do solo, sem a necessidade de bombeamento. A dessalinização tem sido relevante aos moradores e visitantes do arquipélago, que está livre de racionamento por conta do abastecimento promovido pelo sistema. Uma ação que oportuniza à localidade um maior desenvolvimento socioambiental, turístico e de lazer. 

A pequena dessalinizadora da Compesa produz 20 litros de água por segundo. Satisfatório rendimento – a considerar o porte da planta, o número de moradores da ilha, referente a pouco mais três mil pessoas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o fluxo anual de visitantes, cerca de 34 mil, segundo a Administração Distrital de Fernando de Noronha.

50 vezes maior do que a dessalinizadora pernambucana, a planta que será instalada no Ceará irá diversificar a matriz hídrica do Estado, com potencial para a produção de mil litros por segundo. Com esse poder de produção, a Dessal do Ceará incrementará em 12% a atual oferta de água, possibilitando que o abastecimento não dependa apenas das chuvas.